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  • Foto do escritorFernanda Bahia

ISA World Para Surfing Championship: tudo sobre o surf adaptado e o campeonato mundial

O Brasil ficou em terceiro lugar no ranking dos times do Pismo Beach ISA World Para Surfing Championship. No feminino, duas atletas representaram o Brasil em duas categorias diferentes: a paulista e campeã mundial individual de 2020, Malu Mendes, ficou em segundo na sua categoria; e a carioca, Monique Oliveira, que chegou nas semis da competição.

Pismo Beach ISA World Parasurfing Championship
Pismo Beach ISA World Parasurfing Championship | Foto: ISA/Ben Reed

O Pismo Beach ISA World Para Surfing Championship aconteceu na última semana, na Califórnia, e o país levou o bronze na competição por equipes. Foram 11 atletas representando o país, dos quais duas mulheres: Malu Mendes e Monique Oliveira.

As representantes do Brasil:

Malu Mendes e Monique Oliveira, representantes do Brasil | Fotos: ISA/Ben Reed


A atleta Malu Mendes foi diagnosticada com paralisia cerebral ao nascer e compete na categoria de Parasurfe Stand 2. Em 2020, a atleta do Guarujá, São Paulo, se consagrou a primeira brasileira da história a vencer o mundial de parasurfe, na Califórnia. Com o título de 2021, a surfista agora tem dois vice-campeonatos e um campeonato na sua prateleira de troféus.


Já a surfista carioca Monique Oliveira, também tem paralisia cerebral, que afetou a parte motora do seu lado esquerdo do corpo, e compete na categoria de Parasurfe Prone 2. A atleta foi medalhista de bronze em 2017, ano em que a equipe brasileira levou o ouro no ranking de equipes. No mundial de 2021 a atleta chegou até as semifinais de sua categoria.

Sobre o ISA Parasurfing Championship:

O ISA Parasurfing Championship acontece desde 2015, e é reconhecido como o título mundial de parasurf. A ISA é reconhecida, pelo Comitê Paraolímpico Internacional, como a Federação Internacional de Surf Adaptado e desempenha um papel importante no crescimento da modalidade. Inclusive, vem lutando para que o surf adaptado seja incluído nas Paraolimpíadas de 2028, agora que o surf já é parte dos Jogos Olímpicos.

Henrique Saraiva
Henrique Saraiva | Foto: ISA/Ben Reed

O Brasil foi campeão mundial em três anos diferentes: 2016, 2017 e 2019. Em 2020 e 2021, levou o bronze. O país foi representado, neste ano, por 11 atletas - 9 homens e 2 mulheres - em 8 categorias diferentes. No masculino, levou quatro títulos mundiais e dois vice-campeonatos.


A competição aconteceu entre os dias 5 e 11 de dezembro, em Pismo Beach, na Califórnia. O campeão por equipes deste ano foi os Estados Unidos, com 14 atletas na sua equipe. Em segundo lugar ficou a Espanha, ouro no ano passado.

As diferentes categorias de surf adaptado:

A ISA avalia os atletas com base na força, flexibilidade, equilíbrio e coordenação, para dividir em categorias com deficiências semelhantes. São reconhecidas nove classes de surf adaptado, 7 classes físicas de parasurf e 2 visuais.

Davi Teixeira
Davi Teixeira | Foto: ISA/Ben Reed

Categorias físicas:

Parasurf Stand 1 - surfistas com deficiência na parte superior do corpo, ou limitação equivalente, ou de tamanho pequeno, que surfam as ondas em pé.

Parasurf Stand 2 - surfistas com amputação da parte inferior do corpo, abaixo do joelho, ou com limitação equivalente, ou com altura das pernas diferentes, que surfam as ondas em pé.

Parasurf Stand 3 - surfistas com amputações da parte inferior do corpo, acima do joelho, ou com duas extremidades inferiores amputadas, ou com limitação equivalente, que surfam as ondas em pé.

Parasurf Kneel - surfistas com amputações da parte inferior do corpo, acima do joelho, ou com as duas extremidades inferiores amputadas, ou com limitação equivalente, que surfam ajoelhados ou sentados, sem remos.

Parasurf Sit - surfistas que surfam sentados e não precisam de ajuda para remar na onda ou voltar em segurança para sua prancha.

Parasurf Prone 1 - surfistas que surfam deitados de bruços, e não precisam de ajuda para remar na onda ou voltar em segurança para sua prancha.

Parasurf Prone 2 - surfistas que surfam deitados de bruços, e que precisam de ajuda para remar na onda ou voltar em segurança para sua prancha.


Categorias visuais:

Parasurf VI 1 - surfistas considerados cegos, que surfam em pé.

Parasurf VI 2 - surfistas que tem acuidade visual e ou campo de visão limitado e surfam em pé.

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