Fernanda Bahia
Billabong Pro Pipeline: início histórico para a temporada feminina do CT 2022
Um início histórico para uma temporada histórica do Championship Tour da WSL: pela primeira vez o tour feminino e o masculino irão começar na mesma data, e no mesmo local. E pela primeira vez mulheres e homens irão competir juntos em Pipeline.

A janela da primeira etapa da temporada de 2022 do CT começa nesse sábado, dia 29 de janeiro. E Pipeline, no North Shore do Hawaii é o palco do início do calendário desse ano. São 18 surfistas, no feminino, entre veteranas, rookies e wildcards, atrás do título de "Pipe Master" - ou seria "Pipe Mistress"?
Foram quase 50 anos de "Pipe Masters", esperando para que as mulheres também tivessem uma oportunidade de competir em uma das ondas mais famosas do mundo. E pouco se sabe sobre o motivo de essa decisão ter demorado tanto.
Fato é que, finalmente vai acontecer a estreia das meninas em Pipe no CT. E se você assistiu ao Maui Pro de 2021, já sabe o que esperar de algumas dessas surfistas, já que os três último rounds da etapa aconteceram em Pipeline, após um incidente fatal entre um freesurfer e um tubarão em Honolua Bay.
No evento em questão, foi a australiana Tyler Wright quem levou a melhor, contra a pentacampeã mundial, Carissa Moore. Moore, havaiana, local, e que já pegou boas ondas nos invitationals de Pipe, é uma surfista que promete uma boa apresentação no pico.
Carissa e Tyler em Pipeline em 2021 | Fotos: WSL/Keoki
Além delas, também podemos esperar muitos momentos históricos e inéditos no evento. E no resto do tour também, já que outros eventos inéditos entraram para o calendário feminino do mundial. A segunda etapa do calendário vai acontecer em Sunset Beach, que não via as mulheres e os homens competirem juntos desde 1991.
O calendário ainda tem uma etapa inédita em El Salvador, que nunca foi palco de etapa do CT nem no masculino, nem no feminino. E a tão esperada etapa de Teahupo'o também volta ao tour com homens e mulheres juntos. Novidade que deveria ter acontecido em 2021, mas acabou sendo adiada por conta do coronavirus.
Esse ano será marcado como o primeiro em que as mulheres competem pela primeira vez integralmente o tour mundial da WSL. Mais um passo para a igualdade entre homens e mulheres no universo do surf.